O PREÇO DA INCOMPETÊNCIA GOVERNISTA

CÚPULA DE SECRETÁRIOS SE REÚNE
PARA AVALIAR ONDE ERRARAM

De quem é a responsabilidade pela tragédia em Angra dos Reis? Essa é uma pergunta que todos estão se fazendo. Principalmente, as famílias que perderam seus entes e suas casas. Para tentar responder a população e a grande mídia nacional o prefeito Tuca Jordão (PMDB) e o secretário de governo Carlos Alexandre, reuniram-se com todos os secretários na Defesa Civil nesta tarde, 02, 17h. ''Onde nós erramos?'' - indagou um governista.

A MESMA NOVELA: SÉRGIO CABRAL PROMETE
CONSTRUIR CASAS POPULARES

Onde há avanço em todo esse processo de políticas públicas tão difundidas pela base governista Tuquista? Se o problema é crônico deveríamos no mínimo sanear ou diminuir os riscos com investimentos sólidos e eficazes nas comunidades de Angra. Senhores, sequer elaboramos um plano de emergência para enfrentar catástrofes como foi a de 2002, mais uma vez pagamos o preço, nota-se claramente o despreparo e o caos nos corredores do governo, apesar de reconhecer a solidariedade de muitos amigos; o nosso Plano Diretor reformulado nunca funcionou e sequer tivermos uma fiscalização - colocado em prática Cinturão Verde - eficaz; Aprovamos o PPA e a LO e nada foi apresentado de concreto que desse substancialmente apoio a tese de uma política pública voltada para o problema de deslizamentos e a falta de muros de contenção nos morros da cidade; se sabíamos do problema - geologicamente - por que não colocamos em prática uma política que desse a panacéia necessária para mudar esse quadro desumano e imoral, baseado na égide da inversão de valores e prioridades. Levamos Luz - no primeiro ano de governo Fernando - para o bairro Bulé, mas não fomos capaz de implementar o saneamento básico, infraestrutura, urbanização. E mais uma vez o imediatismo e o jogo político se sobressai as necessidades da população angrense. Ao invés de apontamos para uma solução prática e definitiva, pautada no arcabouço de estudos científicos e empíricos, o governo Tuca bate palmas para o anuncio do governador Sérgio Cabral (PMDB/Rio) com a promessa de construir de 200 casas populares - um plano habitacional imediatista, necessário, claro, mas por exigência da catástrofe apenas – o que é pior indefinitivo. Cobramos IPTU, ISS, tanto imposto de quem vive nos morros, entretanto, não demos a garantia necessária para as famílias que moram lá.

IPTU É DA PREFEITURA,

CATÁSTROFE É DO POVO E DA NATUREZA

Se o poder público entra com o discurso de catástrofe e decreta calamidade pública - retira-se - juridicamente falando - toda sua culpabilidade de incompetência administrativa. A tragédia ocorreu e disso todos nós cortamos na pele, e as licenças liberadas por entidades governamentais, estaduais e federais e pela prefeitura para construir em áreas de preservação ambiental? Ou seja: pagar impostos todos têm o dever, o cidadão, a população, no entanto. Quando alguém é vitimado, trata-se de uma catástrofe cometida pela natureza ou do morador que construiu em área proibida.

INVERSÃO DE PRIORIDADE DO GOVERNO
E A INCOMPETÊNCIA DE ALGUNS SECRETÁRIOS

Somos capaz de edificar um banheiro de mais de 1 milhão, somos capaz de edificar um hospital inoperante e que para sobreviver terá de participar de consórcio intermunicipal, somos até competentes na edificação de estradas sem saneamentos, vendemos a almas para apresentar obras de aparência, infelizmente não fomos capaz a tempo de reestrutura com infraestrutura e engenharia pautadas em estudos geológicos, com TAC em algumas áreas, com remoção em outras na prioridade da segurança da população. Certamente, que alguns secretários não precisem, pois moram em grandes condomínios, desfrutam dos melhores caros, e nunca - graças a Deus - passaram por uma enchente. Que Deus console o coração dos que ficaram e ilumine a cabeça dos nossos governantes.