segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O PRÉ-SAL E A RELAÇÃO COM ANGRA




O QUE ANGRA TEM HAVER COM O PRÉ-SAL

Recentemente, a Petrobras confirmou a presença de enorme quantidade de petróleo em uma camada da Terra chamada pré-sal, existente no fundo do mar. Esta nova reserva foi encontrada no Campo de Tupi, no litoral paulista, e tem capacidade para encher 100 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Além desta, a Petrobras já encontrou indícios de petróleo na camada pré-sal da costa brasileira desde Santa Catarina até o Espírito Santo.O motivo de tanta euforia é que até então as reservas brasileiras não passam de 14 bilhões, número bastante distante das estimativas preliminares dos 100 bilhões de barris esperados do Campo de Tupi. Além disso, o petróleo do pré-sal é bem mais leve e de ótima qualidade, o que faria com que o Brasil pudesse deixar de importar deste tipo de óleo.A descoberta de óleo em camada pré-sal não é novidade, já que em 2009 a Petrobras começa a extração na Bacia de Campos, litoral do Espírito Santo, mas com produção bem inferior à estimada para Tupi.Mas afinal, o que é pré-sal?O pré-sal é uma das camadas da Terra, localizada entre 5 e 6 mil metros de profundidade da superfície do mar, a 400 km da costa. Ao que se sabe, possui 800 km de extensão e 200 km de largura.
Localização da camada pré-sal na geologia terrestre*Formada por rochas porosas, o petróleo e o gás penetram esta camada e mantêm-se armazenados sob altíssima pressão. O problema de extrair petróleo do pré-sal é que nesta parte da Terra a temperatura oscila entre 80º C e 100º C, o que, aliada à pressão, torna as rochas muito moles e com propriedades elásticas, dificultando muito a perfuração do poço. Caso não seja revestido rapidamente, todo o esforço para atingir os 5,5 km terra abaixo será em vão.DesafiosComo se não bastassem essas dificuldades, o tubo que liga a plataforma à camada pré-sal precisa suportar ondas sísmicas, correntes marítimas e flutuações da base, além da corrosão provocada pelo dióxido de enxofre.Este tipo de extração é um dos maiores desafios tecnológicos já vividos no mundo. De acordo com José Formigli, gerente de exploração da Petrobras, em entrevista concedida ao site Apolo 11, o maior desafio é mudar “a direção das brocas sem causar o desabamento nas paredes do poço”, já que o tubo de ligamento não é continuamente vertical.VantagensA exploração de petróleo em Tupi terá início em 2010 e tem como meta a produção diária de 100 mil barris, o equivalente a 5% da produção nacional. Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o Brasil saltaria do 24º lugar para a 8ª ou 9ª posição no ranking dos países com as maiores reservas de petróleo e gás no mundo.
Campos de petróleo explorados pela Petrobras*O melhor mesmo é a chance de deixar de importar óleo, o que, teoricamente, reduziria os preços de seus derivados à população, principalmente a gasolina. Atualmente a Petrobras vem investindo bastante na produção e publicidade do biocombustível como combustível ecologicamente correto e economicamente satisfatório. O governo Lula também não fez por menos e leva o presidente a diversos lugares do mundo com o intuito de convencer a população mundial dos benefícios de importar biocombustível brasileiro.Problemas futurosÉ claro que nem tudo são flores. O Poder Legislativo já está em polvorosa com a descoberta gigantesca do campo de Tupi e bancadas do Senado começam a articular idéias a respeito da exploração do pré-sal. Enquanto uns se preocupam com os impostos que deverão ser cobrados, outros se incomodam com a possibilidade da distribuição da concessão de exploração de petróleo a empresas privadas em “parceria” com a Petrobras. E obviamente calcula-se a repercussão de todas estas mudanças na já especulada pré-candidatura de Dilma Roussef em 2010, quando começam os trabalhos no campo de Tupi.E vocês? Preparados para as transformações do cenário político-econômico-social prestes a acontecer no mundo? Será este o empurrão que faltava ao Brasil para pular da categoria dos países sub-desenvolvidos para desenvolvidos? Não deixe de opinar!






2 comentários:

  1. Como principal mentor da moda atual denominada de recessão mundial, os Estado Unidos caem: De país desenvolvido para país sub-desenvolvido. Os norte-americanos desempregados experimentam igual situação vivida pelo Brasil, fato que nivela desenvolvidos e sub-desenvolvidos, pouco ou nada diferenciando uns dos outros já que, como sabido, saco vazio não para em pé! Pelo menos temos a banana para sobreviver!

    ResponderExcluir
  2. Quem disse que um pa´s será considerado desenvolvido por ter em seu território uma grande quantidade de óleo bruto?Devagar com o andor.Países do Oriente Médio, riquíssimos, apresentam uma miséria e ignorância quase que imensuráveis.Fato este que devemos evitar a todo custo.Primeiro banindo os larápios e abutres de sobrevoarem o pote de ouro, segundo, as aplicações deste novo recurso, que está por vir, e dependendo de uma serie de fatores, muitos externos, que estarão se alinhando de acordo com os desdobramentos da ''crise '' internacional, outros internos, tais como as dificuldades técnicas de se trabalhar com este nível de dificuldade, sem esquecer-mos que o preço do ''pretinho'', atualmente inviabiliza esta exploração.Agora, o que Angra tem a ver com o pré-sal? Hoje praticamente nada mas, se trabalharmos direitinho com o dever de casa poderemos vir a ter muito.Primeiramente eu pergunto o que temos a oferecer para o pré sal? Mão de obra qualificada?nem pensar.Uma cidade estruturadacom um bom IDH, segurança e água potável pelo menos? Um porto atual em termos de equipamentos? Precisamos traçar uma estratégia....senão....cofres cheios e barriga e cérebros vazios, nós escolheremos.....

    ResponderExcluir