Aproximava-se o dia da prisão e crucificação de Jesus, Ele sabia que esses acontecimentos poderiam desestimular os discípulos; também sabia, que a aparente demora de sua volta poderia trazer desanimo aos que futuramente se tornariam seus discípulos(as). Por isso decidiu contar uma parábola sobre a perseverança. Em toda a Bíblia encontramos Deus nos dizendo para não desfalecermos, desistirmos, desanimarmos. O nosso Pai não quer ver seus filhos derrotados, cabisbaixo, abatidos, desanimados, desesperançados. Ele nos convida a tomar como exemplo do sofrimento do nosso Senhor Jesus, observando na carta aos Hebreus 12: 3. O desanimo pode se tornar um grande obstáculo as realizações que desejamos. Ele pode nos conduzir a depressão, a revolta, a murmuração, ao abatimento, ao fracasso, ou nos levar a desistir da luta quando estamos prestes a vencer. Pode nos fazer abandonar a corrida faltando pouco para a linha de chegada. Se você anda meio cansado, desanimado, com vontade de jogar tudo pro alto, ou como dizem; chutar o balde; talvez precise observar o texto de Lc 18: 1 – 8. Jesus compreende o momento que você está vivendo, O Senhor reconhece que você e eu estamos sujeitos ao desanimo; ele é reflexo da nossa finitude, da nossa fragilidade, da nossa finitude e da nossa transitoriedade. Deus conhece nossa estrutura e sabe que somos pó (Sl. 103:14). Jesus escolheu como protagonista da parábola uma mulher viúva; o símbolo judaico de fragilidade. As viúvas dos tempos bíblicos sofriam muito. Naquela época não havia aposentadoria, pensão, asilos ou quem amparasse uma senhora sozinha no mundo. Deus tinha e tem pelas viúvas um carinho especial, Ele é “Pai dos órfãos, e juiz das viúvas...” Sl 68: 5. Diversos mandamentos recomendam a misericórdia e consideração com as viúvas e os órfãos (Ex. 22: 22 – 24). Varias histórias da bíblia mostra o cuidado de Deus com as viúvas. A viúva de Serepta (1 Rs 17: 8-24); o do azeite ( 2 Rs 4: 1-7); a de Naim ( Lc. 7: 11-17); a que de oferta ( Mc. 12: 41-44) e outras. Jesus inicia a parábola apontando para nossa fragilidade, nossa pequenez, nossa instabilidade e sabe que o desanimo é decorrência natural das nossas adversidades e das nossas limitações. Se você está desanimado, não se preocupe você não é o primeiro; Moises, Elias, Jonas, Paulo, e muitos outros também passaram por esta fase de abatimento. O desanimo não deve nos dominar. A perseverança é uma qualidade necessária a todos que desejam ser vitoriosos na vida. O Senhor Jesus ensina que devemos perseverar nas lutas, no trabalho, nos relacionamentos, na oração. Ele diz “Pedi, e dar-se-vos-a...” (Mt. 7: 7e8). Não há vitória sem luta, assim como não há conquista sem persistência. Não podemos desistir; experimentar o desanimo é um direito. Superá-lo é um dever. Entregar-se a ele é um pecado. O Senhor está do nosso lado. Ele não remove os obstáculos do nosso caminho, mas promete nos dar força e sua presença para superarmos as dificuldades. O senhor nos adverte quanto às conseqüências do desanimo. O que fazer se estivermos desanimados? Precisamos orar sempre e nunca esmorecer. Temos que desabafar abrir o coração e pedir ajuda aquele que tem todo o poder. Mesmo que pareça demorar, não podemos esmorecer. A saída sempre existe, até quando não vemos. Quando oramos e não vemos nada acontecer, somos tentados a nos sentir desanimados, magoados, sem esperança. Mas devemos continuar orando, trabalhando e pedindo. Na vida a única forma de perdermos a batalha é deixando de lutar. Nosso adversário sabe disso e lança mão de todas as armas para nos fazer desistir. Vamos deixar todo o desanimo aos pés do Senhor e seguir em frente rumo à vitória e a conquista.
Seja Sal, Seja Luz, Seja Reflexo de Jesus.
Seu pastor e irmão, Revdo. Wander Xavier.

Nenhum comentário:
Postar um comentário