sexta-feira, 27 de abril de 2012

EDUCAÇÃO


EDUCAÇÃO DO FUTURO SE
 CONSTRÓI  COM TRADIÇÃO

Por Jonathan Stockler

O tema parece traduzir um paradoxo, um antagonismo quando reflete claramente o contraditório um do outro. Todas as escolas em Angra, refiro-me as particulares em geral, vendem a tese de que seu filho terá uma educação perfeita, didaticamente, pedagogicamente, com ensino de primeira em seu material de conhecimento científico e todo o discurso publicitário caso o matricule naquela unidade escolar.
Parece fácil para quem está de fora. Educar é uma tarefa de todos. Sou professor de língua portuguesa e literatura há mais de 10 anos. Já presenciei várias teorias sobre como educar para o futuro. Mas, posso garantir que educação de verdade se constrói com o que já aprendemos no passado e melhoramos até agora. Nada de muito blábláblá, nada de muita modificação na conduta daquilo que deu certo. Conheço escolas que amputaram estratégias de ensino para se tornarem verdadeiros laboratórios de estudo. A educação fica fragilizada em meio aos escombros das mudanças.
No seio político das unidades públicas a deficiência torna-se ainda pior. Não se trada apenas da deficiência do poder econômico em seu investimento que deveria ocorrer, e sim, de se manter um política educacional capaz de oferta ao educando e educador possibilidades de crescer em sua independência e autonomia, que diga o mestre Paulo Freire.Não sei o que é pior: uma escola sem investimentos tecnológicos, falta inclusão digital e social, ou uma escola sem investimentos humanos.
 Grande parte das escolas particulares está sob o julgo da competição sem observar o lado mais importante na educação, a humanização. Esta semana estive em três escolas, uma pública e duas particulares. A primeira ficou engessada em meio à ausência de sustentabilidade em seus investimentos. Faltava de tudo. Desde as coisas simples como papel, caneta, apagador, aí resolvi parar por aí. Não dava mais para sequer analisar tamanha deficiência. Se o aluno não se destacar pelos seus méritos, tudo ficará perdido. No que tange as duas particulares havia o problema no primeiro caso do exagero. O que produzia uma distorção do ensino básico que chamamos de perfeito.
No entanto, uma escola que me chamou a atenção foi o Centro Educacional Ignácio Medeiros (CEIM). Alguns dias em que passei observando o trabalho desenvolvido pela escola pude ver – e deixe claro não sou funcionário, apenas escolhi aleatoriamente as escolas - o casamento entre futuro e tradição, como  ambas poderiam se encaixar perfeitamente. Na educação o antagonismo das palavras pode gerar o sinônimo do ensino perfeito. Para não denegrir a imagem das outras escolas preferir - por questão de ética, não citá-las. Mas, lembre-se: educação é o ponto quando o assunto é o futuro do seu filho; tradição é o ponto quando o assunto é a maneira certa para se chegar ao futuro.

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