EDUCAÇÃO
DO FUTURO SE
CONSTRÓI COM TRADIÇÃO
Por Jonathan Stockler
O
tema parece traduzir um paradoxo, um antagonismo quando reflete claramente o
contraditório um do outro. Todas as escolas em Angra, refiro-me as particulares
em geral, vendem a tese de que seu filho terá uma educação perfeita,
didaticamente, pedagogicamente, com ensino de primeira em seu material de
conhecimento científico e todo o discurso publicitário caso o matricule naquela
unidade escolar.
Parece
fácil para quem está de fora. Educar é uma tarefa de todos. Sou professor de
língua portuguesa e literatura há mais de 10 anos. Já presenciei várias teorias
sobre como educar para o futuro. Mas, posso garantir que educação de verdade se
constrói com o que já aprendemos no passado e melhoramos até agora. Nada de
muito blábláblá, nada de muita modificação na conduta daquilo que deu certo.
Conheço escolas que amputaram estratégias de ensino para se tornarem
verdadeiros laboratórios de estudo. A educação fica fragilizada em meio aos
escombros das mudanças.
No
seio político das unidades públicas a deficiência torna-se ainda pior. Não se
trada apenas da deficiência do poder econômico em seu investimento que deveria
ocorrer, e sim, de se manter um política educacional capaz de oferta ao
educando e educador possibilidades de crescer em sua independência e autonomia,
que diga o mestre Paulo Freire.Não sei o que é pior: uma escola sem
investimentos tecnológicos, falta inclusão digital e social, ou uma escola sem
investimentos humanos.
Grande parte das escolas particulares está sob
o julgo da competição sem observar o lado mais importante na educação, a
humanização. Esta semana estive em três escolas, uma pública e duas
particulares. A primeira ficou engessada em meio à ausência de sustentabilidade
em seus investimentos. Faltava de tudo. Desde as coisas simples como papel,
caneta, apagador, aí resolvi parar por aí. Não dava mais para sequer analisar
tamanha deficiência. Se o aluno não se destacar pelos seus méritos, tudo ficará
perdido. No que tange as duas particulares havia o problema no primeiro caso do
exagero. O que produzia uma distorção do ensino básico que chamamos de
perfeito.
No
entanto, uma escola que me chamou a atenção foi o Centro Educacional Ignácio
Medeiros (CEIM). Alguns dias em que passei observando o trabalho desenvolvido
pela escola pude ver – e deixe claro não sou funcionário, apenas escolhi
aleatoriamente as escolas - o casamento entre futuro e tradição, como ambas poderiam se encaixar perfeitamente. Na
educação o antagonismo das palavras pode gerar o sinônimo do ensino perfeito.
Para não denegrir a imagem das outras escolas preferir - por questão de ética,
não citá-las. Mas, lembre-se: educação é o ponto quando o assunto é o futuro do
seu filho; tradição é o ponto quando o assunto é a maneira certa para se chegar
ao futuro.
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