NA MIRA DA JUSTIÇA

1° CASO: ÁGUAS PROFUNDAS

PF investiga caixinha para partidos

Na Angraporto foram encontrados e-mails que se referiam a doações a campanhas municipais do PT e do PR

Marcelo Auler - O Estadao de S.Paulo

Ao cumprir um mandado de busca e apreensão da Operação Águas Profundas, no dia 10 de julho, a Polícia Federal encontrou no escritório da empresa Angraporto, acusada de manipular licitações da Petrobrás, e-mails trocados entre seus sócios falando de um esquema de contribuições para campanhas políticas. Na correspondência, fica claro que a empresa estava sendo cobrada por diretores da Companhia Docas do Rio de Janeiro - administradora do porto de Angra dos Reis, cuja exploração comercial estava entregue à Angraporto - para fazer doações às campanhas municipais do PT e do então PL, hoje PR.

Entre os presos na Operação Águas Profundas está a funcionária da Feema Ana Celeste Alves Bessa, acusada de intermediar licenças ambientais para a Angraporto. Ela era da equipe de Rotemberg, encarregado na época de conceder as licenças ambientais para empresas do interior do Estado.

As mensagens fazem referência ainda à briga entre o então prefeito de Angra, Fernando Jordão (PMDB), e seu vice, o hoje deputado estadual Aurélio Marques (sem partido). Em síntese, falam que Marques cobrava a sua parte e os sócios de Angraporto alegavam que já tinham entregue para Jordão por um secretário, Bento Pousa.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070804/not_imp29550,0.php

2° CASO: CONDENADO POR INEGIBILIDADE

O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) condenou o prefeito de Angra dos Reis, Artur Otávio Scapin Jordão Costa, o Tuca Jordão, e o vice-prefeito, José Essiomar Gomes da Silva, por abuso de poder político e econômico. Com a decisão, os parlamentares ficam inelegíveis pelos próximos três anos.

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/TRERJ+CONDENA+PREFEITO+E+VICE+DE+ANGRA+DOS+REIS+POR+ABUSO+DE+PODER+_71147.shtml

3° CASO: SOB INVESTIGAÇÃO E QUEBRA DE SIGILO

Justiça decreta bloqueio de bens de vereadora e diretor da Câmara de Agra dos Reis

Presidente da Casa, Vilma Teixeira Ferreira dos Santos, é o principal alvo da investigação

A 2ª Vara Cível de Angra dos Reis decretou a indisponibilidade de bens e a quebra dos sigilos bancários da presidente da Câmara de Vereadores, Vilma Teixeira dos Santos, do PRB, e do diretor de administração da Casa, Gideone de Oliveira. A decisão foi com base em ação civil pública por atos de improbidade administrativa proposta pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, do Ministério Público do estado.

Na ação, os promotores pedem a condenação dos responsáveis pela contratação do serviço de implantação de software de Gestão de Processo Adminsitrativa. Para adquirir o equipamento a Câmara realizou licitação, na modalidade pregão presencial, por requerimento de Gideone de Oliveira. A vencedora foi a empresa A.L.A da Silveira-Consultoria em Informática, que fechou o contrato em R$ 950 mil, em dezembro de 2009.

http://odia.terra.com.br/blog/justicaecidadania/index.asp