terça-feira, 25 de maio de 2010

FALA DO LEITOR

"Metalúrgicos do Estaleiro Brasfels fizeram uma assembleia nesta manhã de segunda-feira para decidir sobre a continuação da greve que já dura 21 dias. Segundo o sindicato da categoria, a rodada de negociação marcada para última quarta-feira não aconteceu. São sete mil trabalhadores, que reivindicam aumento salarial de 11%,mais um bônus de R$ 2 mil e reajuste no valor da cesta básica (Cartão Alimentação) para 200,00."
Agora pergunto eu, simples cidadã do município de Angra dos Reis, revoltada com a situação dos Trabalhadores.
O que os políticos de nossa cidade têm feito (de concreto) em prol dos metalúrgicos desse Estaleiro? Estamos em um ano eleitoral, a chance de se conseguir um aumento DE VERDADE para nossos trabalhadores é agora! E eles nem estão pedindo muito, não é mesmo?! Mediante a quantidade de obras que o Estaleiro possui em seu canteiro atualmente.
Pois bem, O que nosso prefeito tem feito para "aliviar" o desespero dos que estão em casa há 21 dias, sem trabalhar e consequentemente, sem receber seus salários? Sem conseguir suprir as necessidades BÁSICAS de suas famílias? Pais e mães de família que estão com as contas mensais atrasadas... Muitos sem ter o que comer em casa, esperando uma solução, uma atitude para esse enorme problema que estamos vivenciando... Nem ao menos foi organizada a distribuição de "CESTAS BÁSICAS" para aqueles que não tem o que comer em casa...
É vergonhosa a falta de atitude de nossos governantes municipais! Absurdamente vergonhosa!
Políticos de nossa cidade deveriam estar lutando pelos trabalhadores junto ao Estado e Governo Federal, pois os trabalhadores, não possuem "força" para isso sozinhos, mas nossos governantes sim...Será que não há para eles a nítida percepção de que se o Estaleiro "falir" (o que não será difícil de ocorrer, visto o descaso das autoridades políticas), se isso acontecer, a cidade perde e muito?! Como inclusive já aconteceu anos atrás? Por acaso esqueceram o que já sofremos com o fechamento do Estaleiro? Estamos literalmete esperando pelo pior, pois a população NÃO ESTÁ sendo informada do que pode vir a acontecer se não houver negociação...O que acontecerá com esses 21 dias sem trabalho? Será desconatados do trabalhador, que já se encontra com dívidas por falta de pagamento?!
Vamos colocar a "mão na consciência" e tomar uma atitude para tentar salvar o meio de sobrevivência de 7 mil pessoas que dependem desse Estaleiro (diretamente) e centenas que dependem Indiretamente.
Nada se faz de concreto! Não vemos nenhuma atitude mais enérgica ser tomada! Nem nas assembléias que ocorrem todas as manhãs na porta do Estaleiro nosso "digníssimo" prefeito dá as caras... Tão pouco nossos Vereadores: Ricardo Dutra, Zé Maria, Vilma, Dr. Amilcar, Cordeiro, Dr. Ilson Peixoto, Jorge Eduardo Mascote, Leandro Silva, Parente e Lia que deveriam estar nas Assembléias TODOS os dias pra brigar pelos trabalhadores ou ao menos os confortar da terrível situação em que se encontram.
Vereadores esses que NÓS elegemos para nos defender em situações como essas, que deveriam estar brigando por nós junto ao Governo do Estado. Para que os trabalhadores possam obter um aumento de sálario DIGNO e REAL. Onde estão eles nesse momento tão delicado e difícil? Onde estavam hoje, na hora da Assembléia? Onde vamos parar dessa vez?
Muitos se calam, ficam mudos, estarrecidos diante de tamanho descaso... Mas alguns, como eu, utilizam o meio que possuem para protestar indignados com a falta de atitude.
Até quando esses trabalhadores ficarão parados à mercê dessa guerra judicial entre Sindicato e Empresa? Sem receber seus salários? Sem terem como pagar suas contas, só se endividando mais e mais a cada dia? Até quando nossos governantes irão assitir de "camarote" a "falência" de nossas cidade sem pedir ajuda ao Governo Estadual ou Federal para solucionar o problema? Pergunta que não quer calar...
Obrigada pela atenção dispensada.
Zaina Patricia Carvalho

3 comentários:

  1. Prezada Zaina.
    Os dirigentes de uma greve têm que ter a sensibilidade de fazer o movimento paredista de modo calculado. Existe hora para avançar, hora para se entrincheirar e hora para recuar. Deve-se levar em consideração as reais possibilidades de conquistar o que se pretende. Na impossibilidade comprovada e diante do cansaço da categoria, das necessidades e agruras, das contas atrasadas e até da geladeira vazia, os sindicalistas devem pensar num recuo tático negociado com os patrões, trazendo o mínimo de prejuízos possíveis e acumulando forças para uma próxima mobilização. Insistir numa greve sem chance de vitória diante da intransigência patronal é algo temerário. Pagar este monte de dias parados vai ser uma barra e te-los descontados será muito pior. Com relação a estes vereadores vendidos não se pode esperar nada de bom. Eles só aparecem no estaleiro na hora de pedir votos e os dois vereadores ditos metalurgicos, o Aguilar e o Zé Antonio, são ferrenhos defensores deste governo de corruptos que enriquece a cada dia e pouco se lixa para o drama da familia metalurgica. Lembrem-se deles na próxima eleição.

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  2. Acredito que os metalugicos da brasfels deveriam levantar as maos para cima e agradecer o aumento de 8% que a empresa sujeriu, temos que ter um pouco mais de consciencia, e a unica empresa no municipio que o piso salarial passa de R$ 800,00 e que ganha hora extra pelo servico prestado e ainda tem plano de saude e muito mais qual e o comercio em Angra dos Reis, por exemplos o mercados que pagam uma mixaria de um salario minimo e pagam hora extra e ainda nem oferecem algo melhor para os seus funcionarios por que se a empresa fechar e falir eles vao viver de que, voltando a sua origem de estar trabalhando ao comercio falido de Angra dos Reis, Metalurgicos e operarios voltem a trabalhar aceitem a proposta da Brasfels pois Deus honrara voces e melhor ter um emprego garantido do que ficar desempregado.

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  3. Tá no site Tribuna Livre Angra

    O prefeito de Angra, Tuca Jordão (PMDB), terá encontro com os dirigentes do grupo Keppel Fels e, possivelmente, da própria Petrobras, para tentar costurar um acordo que ponha fim à paralisação. Além do desconto integral dos 22 dias parados, que a categoria rejeita, os itens da pauta econômica ainda não foram superados. A empresa acena com 8% de reajuste salarial, admite pagar uma Participação em Lucros de R$ 1.400,00 e reajustaria o ticket-alimentação para R$ 180 mensais. Fontes informais dão conta de que ela concordaria em abonar 20% das faltas causadas pela greve. Um ponto da pauta de negociação ainda intocado refere-se aos critérios de promoção no interior do estaleiro, especialmente nas funções primárias.

    Uma assembleia decisiva está prevista para a quinta-feira, 27, quando os trabalhadores serão informados do esforço de negociação empreendido pelo prefeito angrense, lideranças políticas de vários matizes ideológicos e representantes de trabalhadores, como os dirigentes da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) no Rio, que têm atuado com dedicação na tentativa de desobstruir as negociações.

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