segunda-feira, 20 de julho de 2009

O QUE MELHOROU NA EDUCAÇÃO ATÉ AGORA?


EDUCAÇÃO: DISTANTE DE SER PRIORIDADE EM ANGRA

Por: Jonathan Stockler

Sempre fui um apaixonado pela educação, e nunca me furtei a questionar as ações do governo municipal de Angra dos Reis quanto à política educacional adotada nas escolas da rede pública de ensino. A falta de um enfrentamento mais substancial e concreto por parte da Secretaria de Educação é crônico e deveria estar acima de qualquer bandeira partidária ou de gestão administrativa, entretanto, não está. Fazer oposição é uma coisa, ir na contramão é outra coisa. Não importa a base política, o que está em questão aqui é a formação de cidadania. A educação não pode ser colocada em segundo plano, tem de ser posta como prioridade. Pitágoras disse certa vez – “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”. A ausência de uma política pública educacional de competência, a exclusão social e principalmente a evasão escolar são mazelas que impulsionam e geram combustível para o aumento da violência no município.
Prego como panacéia a implantação de um sistema educacional capaz de romper fronteiras da educação formal, que atraia a curiosidade do educando e fomente a busca por reciclagem de conhecimento do educador, onde ocorra uma fusão cientifica e empírica entre corpo discente, docente e comunidade. O papel de educa deve ter início ainda na família, por isso, a importância da participação dos pais e da comunidade nesse processo de formação. O problema é que continuamos fadados a um sistema mecanizado, voltado não para a valorização da criatividade do aluno, porém para a imposição de um aprendizado que já provou ser retrógrada. Como diria Albert Einsein – “É um milagre que a curiosidade sobreviva à educação formal”.
Sou favorável ao ensino integral, não apenas para dar discurso aos políticos e sim solucionar dois problemas inerentes a esse processo: o primeiro é tirar a criança e o jovem da ociosidade no período em que não esteja na escola, o segundo é dar uma formação extracurricular ao estudante e o terceiro é apoiar os pais dando a eles a possibilidade e tranqüilidade durante o tempo em que estão no trabalho. No entanto, não é isso que vemos, o que temo em Angra é uma educação fraca, comprometida com o insucesso e cada vez mais distante da necessidade e realidade do educando.
Com a mudança de governo espera que a transformação educacional ocorresse, e que o prefeito Tuca Jordão (PMDB) a priorizasse como se prioriza a saúde pública, pelo visto, nenhuma nem outra. A maioria das escolas públicas está desestruturada, não há inclusão digital - embora nessa inversão de prioridade - tenhamos criado o Projeto Teclar, ao invés de incluímos nas escolas, há problemas de espaço físico, carência de professores, há necessidade de revisão do Plano Político Pedagógico (PPP) e principalmente, uma participação mais significativa da comunidade.
Há um hiato entre a realidade e o sistema educacional implantado na cidade, que cada vez mais fica distante de uma política capaz de transformar definitivamente a história de vida das centenas de crianças e jovens que estão alijados de uma educação de qualidade, capaz não apenas ensinar, e sim, de transformar socialmente. Ao invés de implantarmos uma política eficiente na educação de Angra, sobrecarregamos mais com a agregação da subsecretaria de Esportes, ledo engano cometido pelas nossas autoridades. A educação em Angra fica fadada ao fracasso por questões e decisões meramente equivocadas, quando não é o problema da logística (mais escola e mais equipadas), é a humana com a insistência da falta de professores, mais grave ainda fica a questão científica, a qualidade nos ensinos, que cada pra nós, fique certo: não estamos em primeiros da fila na concepção do Ministério da Educação (MEC). Já dizia com muita propriedade o ex-presidente dos Estados Unidos Benjamim Franklin: “quando você quiser convencer, fale de interesses em vez de apelar à razão”.

3 comentários:

  1. ... E se continuar assim vai piorar, pior para a população que esperava uma , digamos, significativa melhora... mas a começar pelo próprio "carro-chefe" (digo: CEDERJ), coitados dos alunos de Angra dos Reis, que ficarão...sem comentários....digo apenas: a esperança é a última que morre! ACORDA TUCA JORDÃO!

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  2. ... E se continuar assim vai piorar, pior para a população que esperava uma , digamos, significativa melhora... mas a começar pelo próprio "carro-chefe" (digo: CEDERJ), coitados dos alunos de Angra dos Reis, que ficarão...sem comentários....digo apenas: a esperança é a última que morre! ACORDA TUCA JORDÃO!

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  3. O problema não é só da Educação. É familiar. As famílias não ligam mais para suas crianças, que crescem abandonadas e sem assistência. Quando chegam na escola, estão completamente subnutridas, sem educação, sem respeito aos professores e aos mais velhos em geral, não querem saber de aprender porque, por causa da má criação, acham que são poderosos e podem tudo, dispensando-se dos deveres que são: estudar, respeitar, esforçar-se enfim. Nada vem fácil, mas os alunos não querem saber disso, por isso enfrentam e gritam com os professores. Aí não há profissional que aguente! Então, com a profissão tão desmoralizada socialmente, o professor adoece, entra em crises psiquiátricas, síndrome de Burnout e não consegue mais trabalhar, nem por muito dinheiro, quanto mais pela miséria que recebe.
    Enfim, a escola não é o maior problema, a FAMÍLIA sim!!
    Afirmar isso, isto é, uma grande verdade, é incorrer na ira dos responsáveis de consciência pesada mas que não querem aceitar seu erro uma vez que, ou perdem votos (governo) ou "filhinho vai ficar nervosinho e eu não posso com ele" (família)!
    Então abandonem-se estas crianças ao deus-dará, porque os professores são os menos culpados e os mais sofridos nesta história toda.

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