O PETRÓLEO É NOSSO MESMO. FALARAM A MESMA COISA DA VALE SUL
AUDIÊNCIA PÚBLICA EM ANGRA É PARA INGLÊS VER...
AUDIÊNCIA PÚBLICA EM ANGRA É PARA INGLÊS VER...
A descoberta do pré-sal suscitou no país uma discussão muito mais capitalista que nacionalista, propriamente dita. O petróleo do Brasil passou mais uma vez a ser alvejado pelas grandes potências como se também fosse emergente nesse sentido, logo agora que chegamos a ser considerados auto-suficientes. Como se dependêssemos literalmente da anuência deles – dos gringos - para exploramos aquilo que nos é de direito, o nosso patrimônio chamado petróleo. E a Petrobras se gaba com a estimativa de 100 bilhões de barris, podendo elevar a nação para primeiro lugar no rancking. E não adiante entrarmos com o discurso xenefobista, trata-se na verdade de protegermos o nosso maior tesouro, a nossa soberania. O problema é que corrobora com essa tese a corrupção em nossa própria casa. No Congresso há um significativo hiato entre o que é prioridade e o que não é. Sequer se traçou um norte para o aprofundamento dessa discussão, inclina-se muito mais para os interesses unilaterais, personaliza-se uma temática de teor público numa justificativa sem pé sem cabeça, para capitalizar a fundos econômicos pessoais. Cada uma de nossas autoridades usa de uma opacionalidade discursiva para ludibriar o cidadão brasileiro invertendo prioridades. A inflexão está endógena, não se percebe de imediato, mas acredite – está lá.
Chegamos ao ponto de criarmos até uma CPI para justificar interesses imperialistas das multinacionais, que não se conformam com o modelo de marco regulatório por partilha, não escondem a preferência pela concessão, o domínio é mais majoritário, pode se afirmar assim. Enquanto isso, tergiversamos pautas como contrapartidas, royalties, impactos sócio-econômicos e ambientais, questões como a geração de emprego e renda, formação profissional, participação nos lucros das empresas (PLR) e tantas outras linhas de debates que ficaram alijadas e esquecidas por não fazerem parte da agende de nossos legisladores e governantes.
No dia 29 de junho, na Câmara Legislativa de Angra dos Reis, tive a insatisfação de participar de uma audiência pública que classifiquei como - audiência para inglês ver. Na ocasião questionei aos presentes na Comissão provisória para assuntos de petróleo e gás sobre a falta de informação da pauta para população. Outrossim, pontuei que o formato adotado na metodologia daquela audiência estava equivocada, primeiro tirava do participante sua maior arma que era a forma de conduzir os questionamentos do meio da plenária já que papel e caneta retiram a grandeza do debate, segundo o cerceamento à mesma, terceiro que o tempo estimado provava mais uma vez que a audiência não se propunha realmente a debater o assunto com profundidade, começou às 18/30 mim e terminou a exatos 22h, resumir então que: não se tratava de uma audiência autêntica, era uma conferência com nomenclatura equivocada. O pior de tudo foi ter de ouvir os vereadores da base que mais usaram a tribuna da Casa para defesa e ataque do que esclarecimento ou contribuição para a temática. Porém, quem se importa, na mesa havia somente um secretário de governo – Atividades Econômicas – Alexandre Tabet que sequer entendia primariamente do assunto. Se os vereadores da base fizeram feio, muito mais os da oposição que nem participar da audiência quiseram.
Numa terra em que audiência mais parece conferência, numa terra em que palanque de debate vira discurso de ataque, numa terra em que audiência é feita para formador de opinião nem se importando com a massa em questão, numa terra em que não há preocupação com a divulgação da informação, numa terra em que se cria audiência somente para inglês ver, numa terra onde tudo pode se fazer com poder político e econômico, não fica difícil de acreditar que por aqui papai Noel pode virar chefe da Casa Civil, que por aqui em águas profundas– como diria os titãs: “o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído’’.
Chegamos ao ponto de criarmos até uma CPI para justificar interesses imperialistas das multinacionais, que não se conformam com o modelo de marco regulatório por partilha, não escondem a preferência pela concessão, o domínio é mais majoritário, pode se afirmar assim. Enquanto isso, tergiversamos pautas como contrapartidas, royalties, impactos sócio-econômicos e ambientais, questões como a geração de emprego e renda, formação profissional, participação nos lucros das empresas (PLR) e tantas outras linhas de debates que ficaram alijadas e esquecidas por não fazerem parte da agende de nossos legisladores e governantes.
No dia 29 de junho, na Câmara Legislativa de Angra dos Reis, tive a insatisfação de participar de uma audiência pública que classifiquei como - audiência para inglês ver. Na ocasião questionei aos presentes na Comissão provisória para assuntos de petróleo e gás sobre a falta de informação da pauta para população. Outrossim, pontuei que o formato adotado na metodologia daquela audiência estava equivocada, primeiro tirava do participante sua maior arma que era a forma de conduzir os questionamentos do meio da plenária já que papel e caneta retiram a grandeza do debate, segundo o cerceamento à mesma, terceiro que o tempo estimado provava mais uma vez que a audiência não se propunha realmente a debater o assunto com profundidade, começou às 18/30 mim e terminou a exatos 22h, resumir então que: não se tratava de uma audiência autêntica, era uma conferência com nomenclatura equivocada. O pior de tudo foi ter de ouvir os vereadores da base que mais usaram a tribuna da Casa para defesa e ataque do que esclarecimento ou contribuição para a temática. Porém, quem se importa, na mesa havia somente um secretário de governo – Atividades Econômicas – Alexandre Tabet que sequer entendia primariamente do assunto. Se os vereadores da base fizeram feio, muito mais os da oposição que nem participar da audiência quiseram.
Numa terra em que audiência mais parece conferência, numa terra em que palanque de debate vira discurso de ataque, numa terra em que audiência é feita para formador de opinião nem se importando com a massa em questão, numa terra em que não há preocupação com a divulgação da informação, numa terra em que se cria audiência somente para inglês ver, numa terra onde tudo pode se fazer com poder político e econômico, não fica difícil de acreditar que por aqui papai Noel pode virar chefe da Casa Civil, que por aqui em águas profundas– como diria os titãs: “o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído’’.
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