AUDIÊNCIA DO PRÉ-SAL - ENGODO OU ESTRATÉGIA DA BASE?

AUDÊNCIA DO PRÉ-SAL
MAIS PONTOS FRACOS DO QUE POSITIVOS

Não posso me furtar de questionar a audiência que se propõe a discutir o pré-sal, tema tão contemporânio, atitude constituída por iniciativa da própria Comissão Provisória da Câmara para assuntos de petróleo e gás. Sejamos sinceros, a propedêutica do debate enseja uma ação importante para esclarecimentos da agência reguladora, a Agência Nacional de Petróleo (ANP), da transpetro, da Prominp e do próprio poder legislativo, e claro das entidades e da população, vice-versa. A iniciativa, repito, de promover mais uma audiência pública é sempre louvável, no entanto, é preciso nos inclinarmos para alguns pontos importantes: primeiro: relaciona-se ao fato da péssima divulgação da audiência; segundo: o curto tempo da mesma; terceiro: estaria voltado para o cerceamento da fala, ou seja, não foi aberto para que todos presentes à platéia pudessem se expressar, apenas quatro pessoas falaram, eu fui uma delas, que fique mais uma vez registrado que para tanto tivemos que impor questionamentos à organização; quarto: como promover audiência pública sem antes esclarecer à população do que se trata o pré-sal e sua importância para o país; quinto: quais têm sido as ações impetradas pela Comissão para difundir a informação midiaticamente falando, tanto com cartilhas, vídeos e outros meios de esclarecimentos?
O pior de tudo foi ter de ouvir do vereador José Antônio (PCdoB) - base - a afirmativa- nos outros pontos foi coerente, porém – de que o assunto está sendo debatido nos quatro cantos da cidade como se o tema fosse sobre futebol, a exmplo, aí exagerou na defesa e caiu no discrédito. Uma coisa é ser coerente e defender – é evidente – a base do seu governo, outra e se despir da razão e usar de sofisma para convencer de que o embuste (mentira) vira verdade do ponto de vista da base. Pior mesmo foi ver o Secretário de Desenvolvimento Econômico – Carlos Alexandre perdido na sua própria falácia. Mas, há um lado bom: agora pelo menos saberá do que trata o Prominp, o que ante não soubera. É preciso repensar o papel da Comissão que sequer promoveu até o momento um fórum de discussão, seminário, palestra nas comunidades, depois o nobre vereador José Antônio quer afirmar categoricamente que a Comissão está esclarecendo nas ruas, safisaforiamente o tema, como diria o colega de seu partido, Aguilar Ribeiro: ‘’o pior cego é aquele que não quer ver’’.