TUCA MAIS DESAGRADA QUE IMPLACA

NEM POPULISTA NEM POPULAR. TUCA AINDA
NÃO DEFINIU A LINHA QUE QUER SEGUIR


A postura tomada pelo prefeito Tuca nos seus 100 dias de governo à frente da máquina pública não traduz, nem de longe, um bom resultado e sequer chega perto de realizar a esperança por dias melhores dos angrenses. Apresenta fissuras entre a linha de seu plano de governo – este apresentado durante campanha – com a má qualidade administrativa oferecida até o momento. Seus comparsas ideológicos e pragmáticos escorregaram de maneira sistemática na forma de conduzirem as coisas. Esses comandados não apresentaram bons frutos, indubitavelmente à imagem de seu governo começa arranhada pela falta de credibilidade, ou melhor: da conquista dela. Seus sectos sequer debruçam lenitentes às doutrinas apregoadas por Tuca, como fórmulas para um governo de sucesso. Regimento este – em sua maioria – escolhido por compromissos pessoais e/ou políticos, entretanto, provocando hiato mais uma vez entre o técnico e o político. A tecnicidade como ferramenta tão defendida pelos tuquistas; já que estava em voga no Congresso Nacional a maledicência e os escândalos nepotistas, foi para o ralo. Mas, de quem é a culpa se o governo na emplaca, nem no âmbito político e muito menos carismático, o prefeito? Enquanto o ex-prefeito alberga o governo do primo, acolhendo e chamando para si as responsabilidades, cada vez mais Tuca vai sucumbindo na imagem estigmatizada de um líder forjado, paradoxalmente, pela própria família. Um fantasminha que surgiu das cinzas e nas cinzas permanecerá. Pois, não conseguiu caminha com as próprias pernas sem a necessidade da ingerência do passado, emplacar fica cada vez mais distante. E se o ex-prefeito Fernando Jordão (PMDB) tropeçou, acredite: ficou no esquecimento, na cortina da incompetência e na incapacidade de gerir de Tuca. O atual prefeito fez dos oito anos do fernandismo a imagem do grande herói do populismo.

PARTIDOS

Para quem se dizia fidedigno aos seus, o revés do discurso fica notório. Uma forma delicada de esclarecer a traição com quem lhe deu a mão quando mais precisou. A choradeira é geral. E o mais estranho é que nem mesmo os peemedebistas – partido em óbito pela inconfidência deflagrada pelos ‘democratas’ – foram contemplados. Tanto partidos da base quanto os oportunistas ficaram a ver navios. E agora que querem suas 30 moedas de ouro o clero se nega; e agora que ameaçam pôr a boca no trombone, os aristocratas oferecem apenas uma lata de lentilha; e agora que a fome aperta os três peixinhos e os cinco pãezinhos não se multiplicam.

PROJETOS

É possível, até mesmo para os mais ferozes algozes ao governo – entender a morosidade em se pôr em prática os projetos tão defendidos na campanha. Agora, não se podem converter discursos surrealistas em matéria prima. Muitos dos discursos do ‘já ganhou’ ficou na geladeira junto com a prática. E suas Secretarias estão mais perdidas que seus Secretários. Talvez fosse a hora de dar tempo ao tempo para os neófitos entenderem que governo não se constrói sem planejamento e sem um recurso humano de primeiríssima qualidade.

SECRETÁRIOS

Dizer o que dos secretários que sequer viveram a realidade da massa angrense. Dizer o que dos secretários que sequer conviveram a realidade prática/teórica dos políticos da paróquia. O que dizer da brutalidade e descompasso de quem agride e ofende seu companheiro de política e de cunho administrativo. O que dizer do discurso – o que se mostra totalmente despreparado para a função – durante audiência pública para discutir o pré-sal. Há somente uma coisa a se afirmar: a escolha- na maioria – ratifica que qualquer um pode ser secretário, desde que o padrinho permita.