segunda-feira, 3 de novembro de 2008

PONTO DE VISTA


É PRECISO HAVER UM

ENFRENTAMENTO MAIS OSTENSIVO




Não é fácil estar do o outro lado da moeda. E eu sei bem disso. Prova esta é que a resistência deverá sofre mais uma perda. Há mais um processo à vista. Todos nós somos mesmo periclitantes quando cumprimos o papel de questionadores, combatemos de forma contumaz a injustiça, e materializamos nosso ponto de vista. Não se pode nem argüir o Princípio da Laicividade que ficou preterido, alijado, sofreu inflexão com os interessas unilaterais oriundo de um ‘grupinho de burgueses’. Usam do maniqueísmo para camuflar a realidade social de nossa gente. Do nosso povo.
Veja por exemplo as comunidades mais carentes, o que acontece com a maioria da população angrense, não há saneamento básico em mais de 60% - 80% da região. Quando não se pisa na sujeita – defecada por animais ou mesmo dos seres humanos – há o problema do risco de morte com o descaso do poder público nas áreas mais acentuadas. Explico: nas comunidades em que eu caminho – como presidente da Associação Profissional, Esportiva, Cultural e Social (APECAS) – na ajuda as pessoas mais carentes, vejo o quanto o descaso tomou conta dessas localidades. O impacto social e econômico são dois fatores que não foram debatidos e confrontados ainda pela Câmara. Se aprova isenção de mais de R$ 4 milhões para o Estaleiro, porém não se cobra a contra-partida. Se negocia o perdão ou o parcelamento de um valor insignificante da dívida gigantesca da Eletronuclear de mais de R$ 50 milhões, em troca de migalhas pela a reforma do telhado de algumas escolas municipais, é porque há conchavos. É hora de repensar as isenções fiscais oferecidas as empresas do município. Porque enquanto o pequeno e médio empresário é pressionado a todo instante a cumprir metas impostas por leis municipais ou regras administrativas, o grande empresário - porque patrocina campanhas dos vereadores e prefeitos - detém o poder de fazer o que quer e não cumprir com os acordos firmados com o município. Estamos nas mão do poder absolutista.
No Morro do Santo Antônio I em direção ao Bulé o mato toma conta do caminho, mas não é só lá. As escadarias de quase todos os morros estão precárias e levam insegurança a quem transita por elas. No Perequê – cito o sertão – a história é pior. Há pessoas sendo flageladas pelo Governo, quando o mesmo não cumpre seu papel de Estado.
Há ainda a problemática da segurança pública, uma mazela que como a peste custa a largar da gente, não é combatida com competência e eficácia. Então, o que se tem é uma sociedade lesada pela má administração pública. O Legislativo cumpre o papel do conchavo com o Executivo , apenas.
Mas, esses são problemas ínfimos, fúteis, do dia a dia de quem mora nos morros e localidades distantes do Centro de Angra. Além do descaso e abandono na saúde, educação e geração de trabalho, não há sequer uma ouvidoria para atender a população e seus questionamentos. O prefeito – perguntam-se - nunca mais subiu os morros ou caminhou pelas periferias da cidade. Não se trata de querelar contra os sectos do governo, mas de defender os direitos da população garantidos na Constituição. A idéia é provocar não dolo, mas regatar a discussão entre os poderes constituídos e sociedade.
Vamos gerar mais de meio bilhão de reais previstos para o PIB em 2009. Enquanto a renda per capita é invejada por outros municípios, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) fica às mínguas. Esquecida no tempo, fomentando apenas os interesses de uma minoria de fidalgos e burgueses.

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