CONVÊNIOS DA ADEFAR CONTINUAM SUSPENSOS PELO STJ

ADEFAR - VERDADES E MENTIRAS

Tenho tecido de forma contumaz críticas, algumas vezes reconheço ácidas - barrocas - ao posicionamento que o Poder Legislativo Municipal vem apresentando ao longo dos seus oito anos - referência ao tempo do governo Fernando Jordão (PMDB) - que de forma aristocrática, autocrática e de maneira leptocrática rege um dos três poderes mais defendidos pela Constituição Federativa do Brasil - cito art. 31, caput - CF - e que deveria - minimamente - fiscalizar e criar leis importantes para legislatura dessa paróquia. O sistema adotado de conchavos, clientelismos e fisiologismos impera intrinsecamente no seio estruturalista da Câmara Legislativa como algo já amortizado pela falta de vergonha na cara, pela faltar de decência, moral, ética e respeito ao cidadão que não vê seu erário sendo prestado conta à toda coletividade, civilmente organizada.

Entretanto, o problema é ainda maior.

Não bastando somente o fato de vermos o poder discricionário abundar em nossa esfera, temos que conviver com edis que nada sabem do verdadeiro papel que um defensor da lei deveria cumprir. Realizam 'favoritismos' entre si como se fosse a coisa mais normal entre calhordas, corjas, e toda imundícia de que se tem notícia.

O projeto - em tese - que a Associação de Deficientes Físicos e Amigos de Angra dos Reis defende e materializa - à lume da sociabilidade é eficaz, mas, se torna revés e ineficaz se colocarmos à prova da lei que seu patrono é o presidente da Câmara Municipal. Espécie de antagonismo grosseiro ver que o fiscalizador é quem se alto fiscaliza. É quem na verdade promove e aprova suas ações. Imperativo seria afirmar que se é legal, torna-se imoral, pior, amoral quando agasalha ilusões de que a sociedade tomou conhecimento apenas via atos publicitários e os aprovou com salvas de louvor no maior ato democrático - prestação de conta em audiência pública e discussão com a população sobre os investimentos que essa Associação detém. Valores de R$ 500 mil a um milhão e quinhentos mil. Vereda de ledo engano pensa dessa forma que maniqueísmo é ato comum entre legisladores, e que a responsabilidade do dever cívico e de legislar são papeis a cumprir durante quatro anos apenas, onde a tarefa de um edil é ser imagem ilusionista, onde um pensa que engana e o outro finge que está sendo enganado.

O projeto é salutar, a vergonha é ter como patrono aquele que deveria fiscalizar. Mas, essa é uma forma híbrida de ludibriar a lei. O povo, como diria Millôr Fernandes: ''democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim. Que Deus nos ajude!