terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

BERNARDINHO REBATE

ENTREVISTA COM O VICE-PREFEITO JORGE GONÇALVES BERNARDO



Aos 50 anos, dos quais 30 engajados na política da cidade, hoje, vice-prefeito, fruto de um acordo entre o antigo PL, hoje, DEM, agora, como pré-candidato a prefeito pelo partido dos Trabalhadores, Bernardinho como é conhecido pelos angrenses, busca seu ‘lugar ao sol’, e se desponta como um nome a altura, na disputa pela vaga de candidato a prefeitura, em 2008. Bernardo é presbítero na igreja de Ministério Sulfluminense, pastor Josias Martins.

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COMO FOI SUA HISTÓRIA DE VIDA NA POLÍTICA?


BERNARDO -


Eu tenho mais de 30 anos na política. Fui um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores em Angra dos Reis. Tenho experiência necessária. Não cheguei agora. Tenho história nessa cidade e no PT. Quero ajudar a melhorar o desenvolvimento da cidade.

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QUAL ANÁLISE QUE VOCÊ FAZ DA DECLARAÇÃO DO ZECA A SUA PESSOA?

(SIC)

ZECA:
“A DECISÃO PASSSA PELA MILITÂNCIA DO PARTIDO. VOCÊ CHEGA NUMA EMPRESA, ENTRA LÁ COMO AJUDANTE, PARA VOCÊ CHEGAR EM UM CARGO MAIS ALTO, VOCÊ PRECISA SE CREDENCIAR. E O SEU CREDENCIAMENTO VAI DEPENDER DA SUA DEDICAÇÃO NAQUELA EMPRESA. E NO PARTIDO NÃO É DIFERENTE. ELE PRECISA MOSTRAR UMA POSTURA MAIS FIRME EM RELAÇÃO AO PARTIDO.”

BERNARDO -

O Zeca é meu amigo. Trabalhamos juntos no antigo Estaleiro Verolme. Passamos por diversas dificuldades. Tenho o maior respeito por ele. Eu entendi o que ele quis dizer a respeito de se construir um nome no partido. Sei que o Zeca vai ser coerente e o Pt vai escolher democraticamente o candidato a prefeito nesta eleição. A única coisa que eu peço é que o partido seja democrático na escolha. Não sairei magoado se não for o escolhido, contudo, que impere a democracia.



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FAÇA UMA ANÁLISE DO GOVERNO FERNANDO JORDÃO?


BERNARDO -

O governo Fernando Jordão errou muito. Eu acreditava que neste segundo mandato do prefeito seria diferente. Que teríamos o apoio do governo do estado, e os recursos viriam, mas a política adotada ficou aquém do esperado. Não posso dar uma nota maior do que três para atual governo. O governo perdeu o controle. Faltou consistência. Faltou desenvolvimento na educação, vários alunos viajam diariamente para estudar, isso não pode acontecer, Angra não investiu na educação como deveria.
Não pude fazer muita coisa, porque vice-prefeito não tem a caneta para tomar decisões. E como era oposição, acabei ficando na ‘geladeira’.

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QUAL VAI SER A SUA PLATAFORMA DE GOVERNO?


BERNARDO -


É preciso investir em educação. Eu acredito que esse seja o caminho. Fomentar o desenvolvimento de novos empregos com implantação de empresas no município. Melhorar a saúde. Saneamento básico. Angra dos Reis não cresceu ficou parada com essa gestão do Governo Fernando Jordão.


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BERNARDINHO AINDA É SEGUIDOR FIEL DE AURÉLIO MARQUES?


BERNARDO -

As pessoas dizem que eu sou muito ligado ao Aurélio Marques. Ele é meu amigo, mas isso não me impediu de seguir meu próprio caminho na política. Quando ele disse que não era mais candidato, eu naquele momento entendi que a cidade não poderia ficar sem um nome de oposição, e resolvi me filiar ao PT para me lançar pré-candidato pelo partido. Mas, tenho o maior respeito pelo Aurélio, aliás, não o vejo a um bom tempo. Eu sou um opção a mais, e que posso fazer a diferença.

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VOCÊ ACREDITA QUE BENTO POUSA COSTA VAI SER O CANDIDATO DO GOVERNO?

BERNARDO -

Quem tem que decidir se é um bom nome ou não é o partido dele, no caso o PMDB.

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POLÍTICA E IGREJA SE MISTURAM?


BERNARDO -

Eu acho que as lideranças evangélicas vêm crescendo na política. Política e igreja podem caminhar juntas. Mas, é preciso saber impor limites. Muitas lideranças eclesiásticas estão se perdendo quando vendem a suas igrejas por troca de votos. Isso é um erro. Líder não pode impor a um membro a votar em ninguém, isso é anti-democrático. Se vender por dinheiro é pecado. Há líder que quer ser servido e não quer servir, quando deveria ser ao contrário.

2 comentários:

  1. "Política e igreja podem caminhar juntas".

    Isso é, no mínimo, temerário. O Estado laico nunca caminha com a religião. Para o estado isso é péssimo. Para a religião é a morte. Para o Evangelho é impossível, segundo a proposta de Jesus.

    Ao Estado cabem políticas públicas que beneficiem a população (nem que seja um minoria). Ora, ainda que a arte produzida pelas "igrejas" seja cultura, ainda assim isso é religião. E logo, para o bem de todas as partes envolvidas, o melhor é a separação entre ambos.

    A história passada e presente nos demonstram o risco desta mistureba.

    Nos EUA a direita-ortodoxa-evangélica é o maior entrave para o pré-candidato republicano John McCain; os terroristas islâmicos auto-detonam suas bombas em nome de Deus (Alá) (eu sei: a falha desse argumento é que ninguém se acha terrorista porque defende o não uso da camisinha baseado em princípio doutrinários); a Campanha da Solidariedade avança contra a pesquisa de células-tronco; Sérgio Cabral, quando em campanha, mudou parte de seu discurso que feria as doutrinas de seu recente cabo eleitoral, o Crivela.

    Haverá limite seguro? Não, não acredito. E isso analisando puramente do ponto de vista social.

    Porque do ponto de vista histórico e constitucional não há convergência possível, visto que basta uma análise simplória nos livros de história.

    Do ponto de vista do Evangelho o assunto nem se conversa visto que Jesus é muito claro sobre suas prioridades. E nenhuma delas (de Suas prioridades) tem a ver ganhar o mundo, ser coroado Rei da Judéia, ser eleito membro do Sinédrio (o poder político-religioso da época) ou militar em grupos políticos-libertáios de seu tempo (os zelotes, por exemplo).

    Ora, essa não era Sua demanda.

    Simples assim.

    Paz,

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  2. caro dos dois lados do Equador, por favor leia todo o capitulo de atos 28 e vc vai ver porque Deus permite pessoas de bem na politica......

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